Sim... É possível!
Primeiramente, o que é metaverso?
O conceito apareceu na década de 70, início dos anos 80, pelos desenvolvedores da internet já anteviam que na evolução da rede, nós chegaríamos a era exponencial, ou seja, onde teríamos no futuro um estado sucessor da internet que chamaram de metaverso. Eles previam esse futuro (que é hoje) que o metaverso transformaria a sociedade de tal maneira, de uma forma tao profunda e revolucionaria, que não só os números digitais seriam afetados na internet mas grande parte do mundo físico também, onde teríamos uma intersecção entre esses mundos. Isso é o metaverso funcional.
Com os NFT´s do Blockchain, com grande ascensão em 2020/21 também com a pandemia, começamos a ver grandes marcas migrando para o metaverso, utilizando os NFT´s como porta de entrada.
Por falar em NFT´s, significam non fungible token, em inglês ou token não fungível. É uma espécie de selo de autenticidade digital que se utiliza da mesma tecnologia descentralizada que sustenta criptomoedas, o blockchain. Eles certificam que elementos físicos como imagens, vídeos, música, texto, GIFs e vários outros elementos se transformem em ativos de propriedade digitais limitadas. Em outras palavras, é a forma de digitalizar qualquer produto.
Não fungíveis quer dizer que você não pode trocá-los por elementos semelhantes, a menos que você venda, claro.
Uma das principais características das NFTs é tornar um ativo digital único, para que assim seja possível verificar sua identidade, autenticidade e domínio da propriedade e dos direitos autorais. Por isso estão sendo usados para músicas, imóveis, marcas famosas e outros negócios.
Esse fantasminha aqui da Gucci foi vendido por U$3.600, nada mal, não é mesmo?
Por que comprar um ativo digital que qualquer pessoa pode copiar e postar na internet?
Para poder colocar essa imagem aqui para vocês fui obrigada a dar um copy/paste. Ao longo do tempo, isso se torna praticamente inviável, já que as imagens vão perdendo muita qualidade. Ou seja, mesmo que as outras pessoas possam reproduzir essa imagem, elas ainda não são donas dela e isso faz toda diferença. Existem centenas de fotos de quadros no Monet ao redor do mundo, mas apenas um retém o original, que é realmente valioso.
No fim das contas, o motivo claro para que você crie, compre e venda NFTs é o ganho financeiro.
O criador recebe porcentagens das vendas que são realizadas;
O comprador possui a oportunidade de adquirir um item que pode ser vendido no futuro por um preço mais elevado;
O vendedor ganha com a venda no momento presente.
Pois bem, agora você está entendendo que não terá limites para esse “Universo Paralelo”. A ponto de vários autores já mencionarem que parte da economia global virá dos metaversos.
E eu não duvido.
Tanto que a Microsoft já possui salas de reuniões para bate-papos no metaverso, a Nascar já possui um carro digital no Roblox, a Nike comprou estúdio de NFTs de tênis e avança em planos no metaverso. Coca Cola criou recentemente seus próprios NFTs, incluindo uma jaqueta vestível para avatars no metaverso Decentraland.
E outras coisas mais.
Hoje, nas redes sociais, por mais que as pessoas compartilhem o dia a dia, não deixa de ser um mundo paralelo ao real. Já é um “metaverso”, com filtros, memes, stickers e inúmeros efeitos.
Se avançarmos um pouco mais, no mundo dos jogos, também é outro universo paralelo, onde você tem um grupo de “amigos”, cada um com seu “poder especial”, “equipamentos, ferramentas, armas e outras habilidades”, com uma missão ou desafio.
Os metaversos começaram como simuladores, viraram games e agora passam a fazer parte do dia a dia, com ambientes de trabalho virtuais, escolas, lojas e centros de convenção. Se hoje o entretenimento e capacitação já passa muito pelo metaverso, certamente o futuro do trabalho também passa por ele. O que, por enquanto, os metaversos não entregam são as experiências físicas, mas novas interfaces permitirão experiências com tato e temperatura. Essas foram algumas palavras de Flavio Machado, CEO da Pixit Metaversos, que já desenvolve esses universos há dois anos.
O que está acontecendo é que a partir dessas realidades paralelas, são criados novos espaços online, onde as interações das pessoas poderão ser multidimensionais, com usuários mergulhando no conteúdo digital em vez de simplesmente visualizá-lo onde basicamente qualquer coisa pode acontecer, inclusive ter propriedade de algo especial, ganhar pontos ou benefícios, te qualificar melhor no seu mundo virtual, além de possuir ativos valorizado monetariamente. Se você for proprietário do fantasminha da Gucci da foto daqui a 5 anos, poderá quem sabe vendê-lo a US$ 50 mil dólares no Zepeto.
Não é à toa que lançaram as figurinhas digitais da Copa América de 2021 e da liga espanhola, cliques marcantes do NBA Topshot, game de corrida de cavalos também da NASCAR a coleções de moda da Dolce & Gabbana. Todos mergulharam no frenesi dos tokens não fungíveis (NFT). Por isso, o volume de transações nos mercados NFT não dá sinais de arrefecimento, contando atualmente com uma capitalização de mercado de US$ 15,7 bilhões
Onde isso tudo vai parar?
Tudo isso ainda é muito novo, tal qual como anos atrás, inicio das moedas virtuais e até mesmo dos bitcoins. Assim como toda inovação em fases iniciais, será necessário testar e validar as soluções para a evolução. Aos poucos, vão se consolidando.
O que muitos disseram ser loucura a questão das criptomoedas, hoje temos nosso governo oficializando uso de blockchain para documentos, projetos para rastrear gastos públicos, Bancos Centrais com suas próprias moedas virtuais, além de iniciativas para “regular” o bitcoin.
Então, acredito ser só questão de tempo para conhecimento, experimentação e maturidade.
Como incluir um produto nesse Universo?
Fique ligado no próximo post.
Foto Superior:
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